Em meados dos anos 70, o espelho retrovisor do lado direito do carro não só não era obrigatório, como era um opcional que poucas pessoas escolhiam. Num futuro próximo, o opcional vai ser comprar um carro sem os retrovisores. Pelo menos é isso que a tendência mundial aponta com a chegada dos retrovisores digitais que os amigos lá do Japão já começaram a utilizar.
O ministério do transporte nipônico aprovou que carros sem retrovisores externos comecem a andar por lá, mas com uma condição: os objetos devem ser trocados por um conjunto de câmeras internas e pequenos monitores que simulam a mesma posição dos espelhos e oferecem a mesma visibilidade para os motoristas, ou seja, os famosos retrovisores digitais entrando em ação.
Pensando em facilitar a vida dos motoristas, o retrovisor digital promete uma visão mais ampla e limpa de tudo que acontece lá atrás. A tecnologia vem ganhando cada vez mais espaço no mercado automobilístico: equipamentos como câmera de ré e airbags são exemplos claros da evolução das montadoras nos últimos anos. Existem ainda diversas tecnologias que estão sendo testadas e outras que já estão em funcionamento que em breve você poderá ter no seu veículo.
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Em 2016, foi lançado o retrovisor digital no Cadillac, um dos carros mais famosos do mundo. Essa tecnologia foi desenvolvida para deixar a visão do motorista mais limpa, sem ser obstruída por objetos no banco de trás do carro e nem por possíveis passageiros. Criado pela General Motors, o retrovisor digital funciona como uma espécie de espelho que, em conjunto com uma câmera na traseira do veículo, proporciona essa visão mais ampla e sem obstruções durante o trânsito.
Atualmente o retrovisor digital está disponível apenas no Cadillac CT6 e no Bolt, carro elétrico da Chevrolet. É fato que nem todos podem comprar um destes automóveis, devidos aos custos elevados e pelo Cadillac não ser comercializado no país. Porém, vale ressaltar que, sempre que uma função nova é implementada em algum carro, é apenas questão de tempo até que ganhe espaço em outras montadoras. Os próprios airbags citados anteriormente são um bom exemplo disso, assim como os freios ABS, que desde 2014 precisam obrigatoriamente estar presentes em todos veículos fabricados no Brasil.
O que dizem por aí sobre os retrovisores digitais
Pesquisas mostram que, além de melhorar o design e aerodinâmica do carro, as câmeras podem compensar o excesso de luz de outros carros que estejam com o farol alto e melhorar imagens noturnas através de softwares. Elas ainda podem aumentar o campo de visão e pôr um fim aos pontos cegos.
A promessa dos retrovisores digitais está desencadeando uma onda de fornecedores para a tecnologia, incluindo a distribuidora de faróis e retrovisores Ichiko e a Bosch. Os primeiros produtos que devem ser produzidos são espelhos híbridos que se transformam em câmeras, além de monitores que podem ficar nas colunas ou painel do veículo. Essas tecnologias já devem estar disponíveis no próximo mês.
A previsão é de que até 2023, 12% dos carros vendidos no Japão tenham câmeras no lugar dos retrovisores laterais. A União Europeia já está analisando a liberação de automóveis mirrorless, enquanto os Estados Unidos e a China devem aprovar a venda nos próximos anos.
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Mas, se engana quem pensa que só os retrovisores digitais são os queridinhos por aí. Retrovisores fotocrômico, com seta embutida, retrátil e com tela digital estão também entre as novidades de um componente que torna-se cada vez mais inteligente e funcional.
Abaixo, veja casos de retrovisores que deixaram de ser apenas um simples espelho para ganhar uma generosa pitada de conforto:
- Fotocrômico
O principal objetivo deste retrovisor é minimizar o efeito da luz. A fotocromia suaviza os raios de luz do farol alto do carro de trás que incidem diretamente sobre a vista do motorista, prejudicando a condução. - Setas embutidas
Os retrovisores equipados com as setas embutidas foram uma inovação inicialmente estética. O preço chegou elevado, porém eles recompensam pela funcionalidade. A facilidade na percepção da sinalização é superior. - Retrátil automático
Locomover-se pelas ruas dos grandes centros não é tarefa fácil. Por isso, foram criados alguns sistemas de retração do retrovisor. Assim que o veículo é estacionado e desligado, automaticamente seus retrovisores se retraem para diminuir o espaço ocupado pelo carro. O principal objetivo é o de evitar dor de cabeça com possíveis espelhos trincados ou um retrovisor quebrado por descuido alheio. - Side Assist
Sabe aquela sensação de que parece ter um carro ou um ciclista ao lado? Pois bem, o sistema Side Assist torna-se os olhos do motorista nessas ocasiões. Planejado para eliminar os pontos cegos dos retrovisores, essa tecnologia funciona com a implantação de sensores pelas laterais dos veículos para que, mesmo com a falta de visão, ocorra a percepção de alguma movimentação próxima. Uma luz acende se houver algum perigo de acidente. - Tilt Down
Aqui a movimentação de espelhos trabalha para ajudar na hora de estacionar. O Tilt Down é acionado quando engata-se a ré. Instantaneamente o espelho retrovisor direito é apontado para baixo para facilitar a vida do motorista na hora de encostar no fio da calçada.
A evolução tecnológica dos veículos e a segurança
Quando o primeiro carro foi produzido, no final do século 19, o mundo se viu diante de um salto gigantesco em termos de tecnologia. O próprio veículo se tornou o ícone maior da evolução e a indústria automobilística cresceu de forma assustadora em pouquíssimo tempo. Os automóveis foram se tornando cada vez maiores, mais confortáveis e também mais potentes.
Em pouco tempo, ter um carro não significava simplesmente ter um meio de transporte mais avançado, mas ter em mãos um símbolo que representava seu status. Um aspecto, no entanto, passou batido durante muito tempo desde o nascimento do automóvel: a segurança.
É aí que a tecnologia teve um papel fundamental e começou a fazer parte dos princípios da produção de um automóvel. O número de airbags aumentou consideravelmente, a criação do sistema ABS, que impede o travamento das rodas durante a frenagem, enfim, o desenvolvimento de praticamente todas as peças passou a ser pensado sob a ótica de tornar o veículo confiável e transmitir a segurança necessária para os condutores.
Legal né? Para quem está acostumado a viajar com a família ou utilizar o veículo todos os dias em cidades com grande fluxo de automóveis, sabe o quanto essas tecnologias são interessantes e proporcionam ainda mais segurança para quem está no volante.
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