Entenda o que significa os números do chassi do carro e onde consultar

chassi - número de chassi

Pouca gente sabe, mas o número do chassi não é uma combinação aleatória de letras e números que a montadora dá à cada veículo que produz. Na verdade, trata-se de um código que revela muito sobre o veículo, incluindo informações como ano-modelo, país onde foi produzido, em qual fábrica, etc. Alguns desses códigos são públicos, outros são utilizados por fabricantes e revelam até quantos airbags tem o modelo.

chassi - número de chassi

Esse complexo registro geral do automóvel é conhecido como VIN, sigla em inglês de Vehicle Identification Number, ou número de identificação do veículo. Trata-se de uma sequência de 17 letras e números e normalmente pode ser vista na parte inferior esquerda do para-brisa, pelo lado externo do automóvel. 

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Essas combinações trazem dados importantes sobre os veículos e são úteis em diversas situações. Neste artigo, vamos mostrar como fazer a consulta dos números do chassi do carro e do bloco do motor. Revelaremos também o significado e a finalidade da sequência de caracteres do chassi, além do que fazer se ele estiver remarcado. Continue lendo:

Quais são as finalidades e o significado do número do chassi?

Antes de qualquer coisa, você precisa saber em que realmente consiste o chassi do carro, não é mesmo? Trata-se de nada mais do que a estrutura do veículo: a base que suporta os esforços e onde os componentes do automóvel são instalados, como motor, suspensão, direção e vários outros.

Por ser indispensável e um dos principais componentes, o chassi é o local escolhido para receber o Número de Identificação do Veículo (NIV). Ao todo, a sequência de números e letras fornece 11 informações sobre o automóvel, que são divididas em 3 blocos alfanuméricos:

  • Região geográfica e país de produção;
  • Fabricante e tipo de carroceria;
  • Motorização, equipamentos de segurança, modelo do veículo e dígito verificador;
  • Ano de fabricação;
  • Local de fabricação;
  • Número de série do carro.

Com tantas informações em apenas uma sequência, fica fácil perceber a importância desse registro, concorda? Em um grave acidente, por exemplo, é possível descobrir se o veículo sofreu alguma alteração na motorização ou nos equipamentos de segurança.

Outras circunstâncias em que o número do chassi é frequentemente consultado são as transações de compra e venda de carros. Por meio dessa identificação, pode-se descobrir se as informações de modelo do veículo e do ano de fabricação correspondem ao que foi anunciado ou, até mesmo, se o automóvel é roubado ou clonado.

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Como entender os blocos alfanuméricos?

Com três disposições alfanuméricas, a sequência do chassi será compreendida mais facilmente depois que você souber o motivo de cada uma delas. Veja a seguir!

chassi - número de chassi

WMI

O primeiro e menor bloco é o identificador de fabricante mundial. Os três primeiros caracteres dizem respeito à origem do veículo, sendo que o primeiro dígito mostra a região de fabricação. No caso de um carro produzido no Brasil, geralmente o 9 é o que abre a série, pois representa a América do Sul.

Já o segundo dígito indica o país em que foi produzido — o Brasil é representado pela letra B. O terceiro caractere da sequência, por sua vez, refere-se à montadora. A Volkswagen é identificada pela letra W; a General Motors, pela letra G e a Ford, pela letra F, por exemplo.

VDS

O segundo bloco alfanumérico é referente à seção descritiva do veículo. Nele serão apresentadas todas as características do carro que foi produzido. São 6 caracteres que vão trazer informações de acordo com a montadora. Você pode encontrar:

  •  Modelo do veículo;
  •  Versão;
  •  Carroceria;
  •  Motorização;
  •  Número constante.

VIS

Trata-se do último bloco alfanumérico do chassi. A chamada seção indicadora de veículos contém os 8 últimos números da série. Nela, você encontra o ano (que pode ser representado por letras ou números), o local de fabricação e, por fim, o número de série daquele carro.

Isso garante que, ainda que sejam produzidos no mesmo ano e em locais semelhantes, os automóveis tenham identificações diferentes uns dos outros. Assim, a exclusividade de cada veículo para futuros reconhecimentos ou pesquisas é mantida.

Aprenda agora como ler um número de chassi na prática:

Para que você entenda melhor como é a leitura de um chassi, vamos analisar a série a seguir. Considere a sequência 9BGRD08X04G117974. Encontramos neste número:

9 — região de fabricação (América do Sul, África, Europa);

B — país de fabricação (Brasil, Alemanha, Estados Unidos);

G — fabricante (General Motors, Volkswagen, Ford);

R — modelo (Celta, Gol, Fiesta);

D — versão do veículo (LT, LS);

08 — carroceria (hatch, sedã, SUV);

X — motorização (1.0, 1.4, 2.0);

0 — número constante não utilizado;

4 — ano de fabricação (que também pode ser representado por uma letra);

G — cidade onde o veículo foi fabricado;

117974 — número de série identificador do carro.

Quais letras são proibidas no chassi?

chassi - número de chassi

Em 2001, uma norma nacional (NBR 6066) entrou em vigor proibindo que as letras O, I e Q fizessem parte das sequências dos chassis dos carros produzidos em território nacional. O motivo, segundo o Conselho Nacional de Trânsito (CNT), é que elas são facilmente confundidas e adulteradas. Então, para evitar tais situações, os caracteres foram proibidos.

Já ouviu falar em número de chassi remarcado? Aprenda como identificar se isso aconteceu com o seu veículo:

É importante saber que a remarcação do chassi ocorre quando por algum motivo sua estrutura original foi danificada. Isso pode ocorrer por diversas razões como: deterioração da estrutura do carro, batidas, raspagem de numeração. Para consultar um chassi remarcado é simples e rápido e você só precisa saber a placa do veículo em questão e procurar um despachante ou serviço de consulta geral de histórico do veículo.

Fique de olho: Carro com chassi remarcado perde valor no mercado!

Um veículo com chassi remarcado normalmente tem seu preço depreciado entre 10% e 30%.  A remarcação de chassi, segundo especialistas do mercado, desvaloriza o veículo. A desvalorização pode chegar a 30%, mesmo quando a remarcação é autorizada por órgãos de trânsito.

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