Carros autônomos são uma das novas tendências da tecnologia. Nos últimos anos, vimos diversas notícias sobre o tema tomarem conta das manchetes, sendo pautas de discussões assíduas sobre o futuro do transporte no mundo.

Observamos o mercado de transporte mudar drasticamente com o surgimento de aplicativos, como o Uber, Cabify, entre outros, que demonstraram a demanda e interesse do consumidor por diferentes tipos de oferta de meios de locomoção. Aliado a isso, ao analisarmos todas as informações de mercado que temos, fica claro que há uma corrida por novas tecnologias ligadas ao mercado automobilístico. Fora que as grandes empresas estão investindo pesado para sair na frente e ganhar mercado. Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre os carros autônomos, além de descobrir quando eles devem começar a circular nas ruas brasileiras. Continue lendo:

O que são os carros autônomos?

Os carros autônomos são capazes de rastrear o ambiente e navegar sozinho com pouca ou sem nenhuma assistência de uma pessoa. Normalmente, os veículos são equipados com uma unidade GPS, um sistema de navegação inercial e uma gama de sensores, incluindo sensores laser, radares e câmeras.

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Ele é um automóvel robotizado, projetado para viajar entre destinos sem que o motorista precise fazer alguma coisa. A ideia é que o carro possa realizar tudo aquilo que o cérebro humano faz enquanto está dirigindo. Portanto, computadores e sensores fazem o trabalho de movimentar o veículo e de passar com êxito pelas situações usuais de trânsito. Dessa forma, acidentes se tornariam muito menores, já que não contariam com a falha humana.

Como funcionam os carros autônomos?

A ideia para os carros autônomos é chegar ao ponto em que o motorista seja dispensável, fazendo com que todos os ocupantes apenas aproveitem a viagem. Para isso, a tecnologia precisa evoluir a um patamar de segurança confiável. Para possibilitar esse cenário, diversas inovações estão sendo desenvolvidas, aperfeiçoadas e integradas nos carros autônomos. A seguir, separamos algumas das mais importantes. Conheça:

  • Sensores externos
    São os responsáveis por detectar as características ambientais e passar esses dados ao computador de bordo. Atualmente, os mais utilizados são as câmeras, os radares, os sonares e os LIDARs.
  • Câmera estereoscópica
    Também chamada de câmera estéreo, é um dispositivo que utiliza duas ou mais lentes para criar quadros de diferentes perspectivas. Dessa forma, consegue ter noção de profundidade (3D), simulando a visão humana.
  • Câmera infravermelha
    A câmera infravermelha permite uma visualização precisa em ambientes com pouca ou nenhuma luminosidade. Por meio de sensores, esse equipamento é capaz de identificar objetos pela variação de temperatura, captando sua radiação infravermelha, invisível a olho nu.
  • Radar
    Um radar emite ondas de rádio em uma determinada direção, que reverberam nos obstáculos. Ao medir a velocidade e a intensidade desse retorno, consegue ter noções de tamanho e distância.
  • Sonar
    O sonar funciona de forma parecida ao radar. A diferença é que, em vez de ondas de rádio, usa ondas sonoras, inaudíveis ao ouvido humano.
  • LIDAR
    O LIDAR também segue a lógica dos dois dispositivos anteriores. No entanto, utiliza-se de pulsos de laser, que formam milhares de pontos luminosos, para fazer a varredura do ambiente. Além de ter um sinal mais rápido, o LIDAR permite cobrir uma área mais vasta, em 360° e com maior precisão.

Outros componentes

Outros componentes também são necessários para possibilitar a autonomia de um automóvel. São tecnologias que tornam as ações do computador mais eficientes.

  • ESC (Controle Eletrônico de Estabilidade)
    O Controle Eletrônico de Estabilidade é a mesma tecnologia usada em diversos modelos, inclusive no Brasil. Nos carros autônomos, é o responsável por calcular e fazer correções na condução de acordo com a velocidade de cada roda, a inclinação e a guinada do veículo.
  • iBooster
    O servo freio eletromecânico a vácuo, chamado iBooster, é capaz de gerar pressão controlada nos freios em menos de 120 milissegundos. Isso é três vezes mais rápido do que os sistemas de freios convencionais, tornando o veículo mais seguro em frenagens de emergência.
  • GPS, velocímetro e hodômetro
    Para que o veículo possa se guiar pelas cidades, é preciso equipá-lo com mapas atualizados e controlar sua localização. Por isso, utilizará equipamentos de GPS integrados ao velocímetro e ao hodômetro. Assim, o computador consegue calcular sua posição mesmo na falta do satélite.
  • Inteligência Artificial e conectividade
    A Inteligência Artificial será responsável por captar todos os sinais dos sensores, internos e externos e controlar a condução, avisar o proprietário sobre a necessidade de manutenção, realizar pequenos reparos e ajustes no sistema e aprender com falhas, por exemplo. A conectividade com os outros carros autônomos permitirá o compartilhamento de experiências e soluções.

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Quando os carros autônomos devem começar a circular no Brasil?

Ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, o Brasil já possui carros autônomos, dois para ser mais exato. Um chamado CaRina, o Carro Robótico de Navegação Autônoma, desenvolvido pela equipe do Laboratório de Robótica Móvel da USP, na cidade de São Paulo, e testado com sucesso nas ruas de São Carlos. O CaRina começou a ser criado em 2010 e passou a ser testado em 2012.

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O outro veículo autônomo brasileiro é o IARA, Intelligent Autonomous Robotic Automobile, desenvolvido por uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Computação de Alto Desempenho (Lcad) da Ufes, coordenados pelo professor Alberto Ferreira de Souza, no Espírito Santo.

O IARA, por sua vez, foi mais longe, realizando, em maio de 2017, uma viagem de 74 km, entre o campus da Universidade em Goiabeiras, na cidade de Vitória, até uma praia na cidade de Guarapari, completamente no modo autônomo. Ou seja, nós temos sim capacidade para desenvolver esse tipo de tecnologia, o que falta ao Brasil é investimento, programas de incentivo e uma legislação mais preparada para receber essa tecnologia.

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No entanto, a previsão é que em 2025 os carros autônomos representem 4% do total de veículos vendidos no mundo e em 2035 essa previsão sobe para 75%! Precisaremos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Concluindo: Esse é um assunto que poderia facilmente ser muito mais discutido, mas, é interessante que se aguarde os próximos passos dessa jornada de desenvolvimento automobilístico para que seja possível abordar o tema novamente.

O fato é que os carros autônomos estão prestes a se tornar uma realidade e, junto com essa nova verdade mundial, surgiram muitos novos aspectos a serem alterados em nossas rotinas. Uma coisa não se pode negar: certamente quando toda essa tecnologia estiver pronta e funcionando com precisão, a qualidade de vida das pessoas que terão acesso a ela será infinitamente maior.

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