Se você acompanha o mercado automotivo, percebeu um movimento curioso nos últimos tempos: a alteração dos logos de marcas de carro. Pois é, os fabricantes de automóveis vêm focando bastante na renovação de seus emblemas. Nos últimos dois anos, sete montadoras modificaram sua identidade visual. BMW, Fiat, Nissan, Kia, GM, Peugeot e Renault, sendo que as quatro últimas divulgaram suas reestilizações apenas nos primeiros três meses de 2021.

É claro que estes movimentos estão longe de ser algo ao acaso. Existem quatro estratégias juntas que ajudam a explicar essa tendência de renovação visual simultânea nas marcas de carro.

Isso é o que chamamos de oportunidade de mercado, que está se abrindo mais e tornando-se mais amigável para mudanças ou alteração. Por isso as marcas de carros estão apostando em novos designs, algumas realmente dando um 360º na marca, outras apenas atualizando. Também existem aquelas que estão voltam ao passado. Veja a seguir um pouco sobre os motivos dessa movimentação das montadoras.

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1. Mudança no posicionamento interno ou de mercado

O logotipo é considerado um documento de identidade visual de uma empresa, é a primeira coisa, depois do nome, pelo qual o consumidor reconhece uma marca assim que põe os olhos nele.

Então, por que uma pessoa mudaria sua carteira de identidade por vontade própria? Porque ela já não se reconhece mais como era antes, ou quer que os outros a de outra maneira. Para as empresas o motivo é o mesmo.

Estamos passando por uma transformação no mercado de automóveis. Seja por uma alteração de carro a combustão para o elétrico ou no seu modelo de negócio da venda de veículos para o fornecimento de soluções de mobilidade, como aluguel de carros.

Por isso, as marcas de carro estão aproveitando o momento para uma renovação visual. Seja por uma mudança de mentalidade dentro da indústria, buscando pela modernização, ou porque querem que o público tenha uma nova percepção da marca.

2. Adesão à eletrificação

Depois de mudar, é hora de escolher qual direção o novo logotipo vai seguir. E é claro que, no momento atual, a maioria optou por deixar evidente que está abraçando a eletrificação, olhando para o futuro e abrindo mão de padrões do passado. Um exemplo disso é a GM, que mudou seu escudo no embalo da estreia da campanha global Everybody in que definirá os próximos lançamentos eletrificados da montadora. O conglomerado americano promete não ter mais modelos de passeio a combustão até 2030.

Imagem para ilustrar o texto sobre marcas de carro

A mudança nos tons de azul do símbolo tem justamente o objetivo de passar essa mensagem. Classificado como “vibrante” pelo fabricante, eles chegam para “evocar o céu limpo de um futuro com zero emissão de gases”.

Também entra nessa onda o novo logo da Nissan. Apresentado em julho de 2020, ele foi projetado para ser iluminado nos veículos elétricos. Por isso ele necessitava ser nítido quando aceso na grade do carro, e funcional quando exibido no papel ou em plataformas digitais.

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3. Clareza de propósito e uso nas redes sociais

Pensando em ter um bom posicionamento digital, algumas marcas trabalharam para que os seus emblemas funcionassem visualmente bem tanto nos carros quanto nas telas de celular e ícones da web. Esse é um dos motivos pelos quais estamos vendo uma safra de logotipos apostando em simplicidade e clareza.

A Volkswagen foi uma das primeiras a anunciar uma mudança, em setembro de 2019. A montadora alemã apresentou globalmente sua nova marca, provocando algumas reações um pouco controvérsias no início. Isso porque o “V” e o “W” continuam em sua tradicional disposição, só que as fontes e a moldura ficaram muito mais finas. Além disso, o “W” deixou de encostar na parte inferior do círculo.

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Uma das justificativas para a mudança é que a marca está passando por uma transformação fundamental em direção a um futuro com emissões neutras. Esse é outro motivo que levou a montadora a escolher o azul (que a GM também usou) para conectar à ideia de meio ambiente, digital e elétrico. Outra mudança foi que as letras VW perderam o aspecto tridimensional e o efeito cromado, para funcionar bem em todas as plataformas digitais e offline.

Esse também foi o caminho escolhido pela BMW, que fez em março de 2020 a maior alteração dos mais de 100 anos de história da sua logo. A Fiat também alterou a sua estratégia pensando neste quesito.

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4. Retorno à tradição e caminho alternativo

Quando todas as marcas de carro estão indo para um caminho e uma linha de comunicação, também é interessante olhar para outro lado, para criar uma diferenciação mercadológica.

Em vez de deixar claro a mudança para carros elétricos, duas montadoras francesas preferiram se conectar aos valores históricos da sua tradição. É o caso da Peugeot, que trocou o leão de corpo inteiro pela cabeça dentro de um escudo, muito parecido com o símbolo que utilizava em 1960.

A Renault foi pelo mesmo caminho ao substituir o tradicional losango tridimensional por um estilo minimalista, bem semelhante ao que adotou nos anos 70.

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Já a coreana Kia escolheu um grafismo parecido a uma assinatura manuscrita. Eles, inclusive, apresentaram o seu novo logo usando 305 drones, que dispararam fogos de artifício em Incheon, na Coreia do Sul, para celebrar a mudança da marca e tipologia.

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E aí, o que você achou de toda essa mudança no mundo automotivo? Deixe aqui nos comentários as suas opiniões e até mais!