Você sabia que até na hora de abastecer, deve estar atento a qualidade da gasolina ou álcool que estão colocando no seu carro? Um combustível adulterado pode causar vários problemas para o seu veículo, que consequentemente fazem mal para o seu bolso.

Identificar esse problema imediatamente quando se abastece não é fácil. Ao adentrar em um posto e ver que o preço da gasolina e do álcool estão muito mais baratos do que se comparado a outros lugares, desconfie. A princípio, seu bolso pode agradecer, mas os malefícios que causam ao seu carro superam toda economia que você tinha supostamente feito.

Para descobrir se realmente está tendo esse problema, é importante prestar atenção no desempenho do seu carro. Se ao pisar no acelerador, você sente que o carro não está rendendo com a mesma qualidade e não está pegando com facilidade ao ligá-lo pela manhã, pode ser um péssimo sinal. Descubra a seguir como detectar um combustível adulterado e quais são os danos que ele pode causar.

Leia também: Tudo sobre consórcio de carros seminovos

Imagem para ilustrar o texto sobre combustível adulterado

Quais são os tipos de combustível adulterado?

  • Gasolina adulterada
    Nesse caso, é adicionado álcool hidratado à gasolina formulada, que já possui álcool anidro em sua composição. Esse combustível diminui significativamente a potência do veículo e causa corrosão em várias peças.
  • Gasolina e Diesel adulterados com adição de solventes
    Como os solventes são resíduos caros, ao invés de serem descartados, muitas vezes eles são adicionados à gasolina e ao diesel. Essa mistura tem um poder de explosão muito alto e é difícil de perceber, pois não gera perda na potência do motor.
  • Álcool adulterado
    Na verdade, nesse caso, há a substituição do etanol por metanol. O metanol não é um álcool ruim, pelo contrário, ele pode até ser melhor do que o etanol em questão de melhorar a potência do motor. Porém é muito mais tóxico e tem um poder de explosão bem maior.

Como saber se eu abasteci com um combustível adulterado? Alguns sinais são perceptíveis no próprio veículo, como:

Um dos primeiros sintomas, que você logo notará, é o aumento do consumo. Muitas vezes, também vem acompanhando de uma perda de rendimento. Sabe aqueles mitos sobre gasolina e etanol que dizem que as versões aditivadas rendem mais? Isso não é uma verdade, mas o combustível adulterado, com certeza, reduz a eficiência.
Motor falhando ou com dificuldade em pegar também são fortes sinais de que algo está errado com o combustível, principalmente se eles começarem após um abastecimento. Até o som durante o funcionamento pode indicar algum problema, principalmente nas acelerações, quando surge um ruído de detonação, conhecido popularmente como “batida de pino”.

Leia também: 5 aplicativos para carro que detectam problemas no veículo

Também fique atento ao cheiro que sai do escapamento. As adulterações com o uso de solventes ou querosene são notadas facilmente depois do processo de combustão. Em casos extremos, quando a concentração de impurezas é muito grande, a injeção eletrônica pode acabar detectando o problema e entrando em “modo de segurança” para proteger o motor. Quando isso acontece, a luz de alerta do sistema costuma acender no painel.

Separados, todos esses sintomas podem indicar diversos problemas. Juntos são um forte indício de má qualidade do combustível usado.

Quais são os principais danos do combustível adulterado?

Imagem para ilustrar o texto sobre combustível adulterado

Nos veículos mais modernos, a injeção eletrônica, mais especificamente os bicos injetores, é o primeiro sistema que imaginamos que será danificado pelo combustível adulterado, seja gasolina, etanol ou diesel. De fato, ela realmente pode ser bastante prejudicada, ainda mais quando existe a presença de solventes, querosene, água ou outras impurezas na mistura.

Nos veículos a gasolina, etanol ou flex, as velas de ignição, a bomba de combustível, o pré-filtro e o filtro, a sonda lambda e o catalisador, por exemplo, também sofrem bastante. Isso ocorre porque os produtos que são misturados costumam atacar os componentes. Além disso, as mangueiras e vedações são danificadas, o que tende a causar vazamentos.

Nos motores diesel os danos são parecidos e o prejuízo costuma ser muito maior. O novo combustível brasileiro, com baixo teor de enxofre e um percentual de biodiesel, costuma degradar rapidamente quando é adulterado. O resultado é a formação de uma espécie de “limo”, que ataca principalmente a bomba injetora, os bicos e todos os filtros do sistema de alimentação.

Outro problema sério que um combustível adulterado tende a causar é a formação de resíduos, que vão se acumulando nas câmaras de combustão, válvulas e cabeças dos pistões. Mas, quando a substância misturada acaba não queimando, é ainda pior: o contaminante escorre pelos cilindros, ataca o óleo lubrificante e pode até fundir o motor. Por isso, é sempre bom ter atenção aos sinais que seu veículo dá.

Como evitar armadilhas e não abastecer o carro com combustível adulterado?

Imagem para ilustrar o texto sobre combustível adulterado

Antes de tudo, sempre abasteça em um posto de confiança. De preferência um que esteja instalado há bastante tempo no mesmo endereço e que possua uma bandeira (marca do posto/distribuidora) conhecida. Peça nota fiscal. É a partir dela que poderá exigir seus direitos em situações delicadas. Observe o preço do combustível. Desconfie se os valores da gasolina, etanol ou diesel estiverem muito abaixo do normal.

Concluindo: Abastecer com combustível adulterado é um grande perigo para o carro. Entre os problemas que pode gerar, estão desde os corriqueiros perda de potência e rombo no bolso, até a contaminação do óleo, carbonização e depósito de resíduos e, em casos extremos e muito raros, deformação dos pistões e de outros componentes. Por isso, fique de olho no que você está colocando no tanque do seu carro.

Se você gostou do nosso artigo sobre combustível adulterado compartilhe nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a entenderem como esta substância pode afetar a performance e até as partes físicas do carro. Nos vemos no próximo texto!