Quando pensamos no carro do futuro, as verdadeiras surpresas estão além das suposições mais comuns. Carros que poluem e que consomem menos são exigidos pelas transformações da atualidade, mas sabemos que a tecnologia reserva muito mais para o setor automotivo.

Os impactos alcançam, inclusive, a forma como os indivíduos utilizam e percebem o carro. Para o mercado, as tendências chegam modificando tanto a gestão do modelo de negócio das concessionárias, quanto a produção e distribuição da própria indústria. Sem esquecer da profunda mudança na relação do cliente com os carros do futuro.

É certo que as tendências do segmento automotivo já não estão limitadas ao território das especulações e achismos. Para dar respaldo a elas são feitos estudos, entrevistas, análises de publicações e participações de grandes especialistas em fóruns e eventos todos os anos. Com base em todos os dados destes acontecimentos, separamos às quatro principais tendências que influenciarão o modelo de carros do futuro. Continue lendo este texto e descubra como elas se relacionam aos diversos setores do mercado de automóveis. Confira:

1. Eletrificação

A essa altura, já percebemos que os carros elétricos chegaram para ficar. Segundo os relatórios da International Energy Agency (IEA) foi registrado, no mundo, um aumento de 56% desses veículos em relação ao ano anterior.

Mas não significa uma simples substituição dos modelos com motor à combustão por outra alternativa única. Também existem possibilidades diferentes para os carros do futuro, como o desenvolvimento de carros movidos a gás hidrogênio, por exemplo.

Nesse caso, o Brasil teria vantagens, já que produz etanol e o álcool pode ser convertido em hidrogênio no interior do veículo, por aquecimento e bombeamento para um reator, que é o início do processo de geração do gás. No entanto, o que confirma ainda mais a tendência da eletrificação é a maior preocupação das empresas com a responsabilidade social na produção de automóveis e a tentativa do mercado de lidar com um problema crucial dos grandes centros urbanos: a poluição vinda do fluxo concentrado de veículos.

Ou seja, não há como imaginar o futuro sem carros com motores de propulsão elétrica. As opções, por enquanto, dividem-se em:

  • automóveis com sistemas parcialmente elétricos;
  • automóveis com sistemas inteiramente elétricos;
  • automóveis híbridos auto-recarregáveis;
  • automóveis com bateria de combustível.

2. Mudanças no conceito de mobilidade

Não é novidade que a poluição é um grande desafio das grandes cidades e o congestionamento no tráfego piora bastante o problema e os carros do futuro estão pensando nisso.

O fluxo lento de carros faz da poluição, que também é sonora, um transtorno localizado. O excesso de veículos contendo um único indivíduo ao volante significa desperdício de espaço e energia. No entanto, esse comportamento de 1 carro = 1 indivíduo é algo conceitual. Faz parte de como as pessoas veem o carro, que é como uma propriedade privada.

Se possuir um veículo custa caro, o melhor é aproveitá-lo plenamente, certo? É dessa reflexão que nascem os novos conceitos de mobilidade. Aliada às reflexões sobre sustentabilidade e ao surgimento do conceito de economia compartilhada, essa tendência tem ganhado força. Ela aponta que a visão das pessoas sobre o carro está mudando.

3. Internet das coisas

Os consumidores estão a maior parte do tempo conectados à internet, portanto é natural que eles desejem a expansão da conectividade envolvendo os objetos à sua volta, incluindo os carros do futuro, que passam a ser o prolongamento de algum ambiente.

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A tendência aponta que o caminho para lidar com essa necessidade é a integração dos equipamentos, fazendo com que os sistemas operacionais dos objetos atuem em rede e favoreçam a experiência do usuário. É o caso clássico da conexão entre carro e smartphone, que é comum hoje em dia. Mas essa conexão deve se expandir para outros objetos.

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Depois de consolidada a internet das coisas nos equipamentos, o setor automotivo verá a ampliação da oferta de produtos, fornecedores, serviços e soluções tecnológicas. É um novo cenário que se desenha, com modificações das preferências de consumo com base na percepção sobre as funcionalidades desejáveis nos veículos.

a) Velocidade de conexão no carro do futuro

Os desdobramentos da internet das coisas não se limitam integração dos smartphones aos carros. A expectativa é que os veículos contem com alta velocidade de conexão à internet para executar ações com mais autonomia, como fazer downloads para efetuar pequenos reparos, por exemplo.

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Outra previsão para os carros do futuro é que atividades como baixar músicas e vídeos tornem-se instantâneas. Nesse sentido, empresas tradicionais no segmento dos celulares, gradativamente devem aumentar sua atuação no mercado automotivo, em busca de oferecer uma melhor experiência de navegação ao usuário no interior dos veículos. No contexto da realidade brasileira, o indivíduo já pode tirar uma foto do painel e utilizar um app para entender um alerta emitido pelo veículo. Trata-se de uma ação que facilita a identificação de problemas.

b) Internet das coisas e inteligência artificial

Maior velocidade de conexão e sistemas integrados acabam abrindo caminho para a inteligência artificial nos carros do futuro. O impacto dela na indústria automotiva fica evidente, por exemplo, na proposta de dar suporte para as decisões do motorista e também na oferta de mais entretenimento para o ambiente interno do automóvel.

A criação de sistemas de monitoramento do indivíduo é um fator interessante, pois permite alertar se o condutor tem ou não condições de dirigir. Mas o assunto em alta dentro desse tema é, sem dúvida, o carro autônomo. A inteligência artificial é plano de fundo para esses veículos sem motorista, pois permite antecipar movimentos, impedir o cruzamento de trajetórias e inibir acidentes.

Grandes empresas estão empenhadas em aprimorar essa tecnologia, porém o consenso atual é de que as melhorias que vão trazer segurança e adesão em larga escala ainda demorarão a chegar às ruas.

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4 – A motorização nos automóveis do futuro

Outro ponto que parece não haver dúvidas quanto à necessidade de mudanças, e como elas serão inevitáveis, é em relação à motorização. Os preços altos dos combustíveis derivados do petróleo (como a gasolina e o diesel), cada vez mais escassos, e os níveis alarmantes de poluição do ar têm exigido das montadoras inovação.

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Como deu para perceber, as mudanças nos carros do futuro serão radicais, influenciando toda a indústria automotiva e o modo como nos relacionamos com os veículos. Com a popularização das tecnologias digitais e a exigência pelo uso de energias “limpas”, os carros do futuro tendem a se tornar mais inteligentes e incorporar inovações que vão modificar desde o interior, até a mecânica que conhecemos.

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