Carro com GNV em 2025: quando vale a pena fazer esse investimento?

Tubo de gás GNV amarelo dentro do porta-malas de um carro

Com o aumento constante no preço do combustível, o carro com GNV voltou ao radar dos motoristas em 2025. A busca por economia no dia a dia fez crescer o interesse por alternativas que reduzam os custos com abastecimento.

Esse cenário impulsionou a popularidade do GNV entre quem roda bastante, como motoristas de aplicativo e frotistas. Mas também levantou dúvidas em quem ainda não sabe se esse tipo de adaptação realmente compensa.

Neste artigo, você vai entender quando o carro com GNV é uma escolha inteligente e quais pontos devem ser analisados antes de investir nessa solução.

O que é um carro com GNV e como ele funciona?

O carro com GNV é equipado com um sistema que permite o uso do gás natural como combustível. Ele não substitui totalmente a gasolina ou o etanol, mas funciona como uma opção adicional para reduzir os gastos com o abastecimento.

O sistema utiliza cilindros de alta pressão, normalmente instalados no porta-malas. Esses cilindros armazenam o gás, que passa por um redutor de pressão antes de chegar ao motor.

A combustão ocorre após a mistura do gás com o ar, gerando energia para movimentar o veículo. Um comutador instalado no painel permite alternar entre o GNV e o combustível líquido a qualquer momento.

Para que tudo funcione com segurança e eficiência, é essencial manter a pressão correta no sistema e realizar vistorias periódicas no cilindro e nas válvulas.

O que mudou no mercado de carro com GNV em 2025?

O cenário de 2025 trouxe novas variáveis para quem considera investir em um carro com GNV. A primeira delas foi a alta persistente nos preços da gasolina e do etanol, o que ampliou a vantagem do gás natural em termos de custo por quilômetro rodado.

Segundo dados da Petrobras, o litro da gasolina em abril chegou a R$ 6,31. Esse valor pressionou o orçamento de motoristas em todo o país e reacendeu o interesse por alternativas mais econômicas, como o GNV.

Por outro lado, a disponibilidade do gás natural passou a variar bastante entre as regiões. Em estados como o Rio de Janeiro e São Paulo, a estrutura de abastecimento segue estável e bem distribuída. 

Já em Brasília, por exemplo, o gás natural praticamente desapareceu dos postos. Essa diferença regional impacta diretamente a decisão de quem depende do carro todos os dias. 

Além disso, a evolução tecnológica dos kits de quinta geração também chamou atenção. Eles tornaram o uso do GNV mais seguro, com melhor desempenho e menos necessidade de ajustes mecânicos.

Como a falta de postos pode prejudicar sua rotina?

Quando o abastecimento é limitado, o motorista precisa alterar trajetos, perder tempo ou até deixar o carro na reserva esperando encontrar um posto com GNV. Em viagens, o risco de não encontrar o combustível também é maior.

Além disso, a insegurança no abastecimento pode obrigar o uso frequente de gasolina ou etanol, anulando a economia pretendida com a conversão. Com isso, o custo-benefício do sistema pode simplesmente desaparecer.

Homem branco ao volante de um carro, com camisa azul, fazendo sinal de positivo com a mão e sorrindo para a câmera que está atrás dele

Carro com GNV é mais econômico?

Sim, o carro com GNV pode gerar uma boa economia, mas isso depende do quanto você roda por mês e da estrutura disponível na sua região. Para motoristas que percorrem grandes distâncias todos os dias, a diferença no bolso é significativa.

Em abril de 2025, o GNV custava em média R$ 4,66 por metro cúbico no Brasil, segundo o site Gasolina Agora. Com a gasolina acima dos R$ 6,00, o gás natural se mantém como a opção mais econômica no abastecimento diário.

Porém, o valor investido na instalação do sistema deve ser considerado. Em média, o kit de gás custa entre R$ 3.500 e R$ 6.000. Ou seja, o retorno financeiro só faz sentido quando o uso é constante.

A seguir, veja como a quilometragem mensal e outros fatores influenciam diretamente na viabilidade do GNV.

Quem realmente se beneficia com o GNV?

A economia com o GNV depende diretamente do perfil de uso. Motoristas que percorrem cerca de 3.000 km por mês podem economizar mais de R$ 400 em comparação com a gasolina. 

Nessa situação, o investimento na instalação do kit pode ser recuperado em menos de 12 meses.

Frotistas, taxistas, motoristas de aplicativo e profissionais que rodam muito diariamente aproveitam ao máximo os benefícios do GNV. O custo por quilômetro rodado é menor, o retorno é rápido e a rotina permite planejamento para abastecimento.

Já quem dirige pouco, apenas em trajetos curtos e esporádicos, pode demorar anos para recuperar o investimento inicial. Nessas situações, o sistema pode não compensar, principalmente se houver poucos postos com GNV por perto.

Antes de decidir, vale considerar três pontos:

  • Quantos quilômetros você roda por mês;
  • Se há postos com GNV no seu trajeto diário;
  • Se o carro atenderá às suas necessidades mesmo com o espaço do porta-malas reduzido.

A economia vai além do abastecimento

Além do custo menor por quilômetro, quem opta pelo GNV também pode economizar em outros pontos. O IPVA, por exemplo, é reduzido em diversos estados para veículos convertidos.

No Rio Grande do Norte, em dezembro de 2024, a governadora anunciou uma redução de 50% no imposto para carros com GNV, conforme noticiado pelo G1 (Inter TV).

Somado aos benefícios fiscais, o motor também agradece. A queima limpa do gás natural gera menos acúmulo de resíduos, o que prolonga a vida útil de componentes como velas, válvulas e sistema de escape.

Essa combinação de fatores reforça que o GNV pode oferecer uma economia real para quem dirige com frequência.

Carro de cor escura na estrada durante o por do sol

O que avaliar antes de comprar um carro usado com GNV?

Comprar um carro com GNV já instalado pode ser uma forma prática de economizar, mas também exige atenção redobrada. Alguns detalhes técnicos e legais fazem toda a diferença entre um bom negócio e uma dor de cabeça futura.

Veja o que você deve avaliar antes de fechar a compra:

  • Verifique se a instalação foi realizada por uma oficina credenciada pelo Inmetro;
  • Confirme a existência e validade do Certificado de Segurança Veicular (CSV);
  • Avalie o estado do cilindro, observando ferrugem, amassados ou sinais de desgaste;
  • Certifique-se de que o cilindro passou pelo reteste obrigatório, realizado a cada cinco anos;
  • Consulte o CRLV para garantir que a conversão para GNV está devidamente registrada;
  • Faça um teste de rodagem e observe o desempenho do carro em ambos os modos de funcionamento.

Carro com GNV vale a pena em 2025?

Para muitos motoristas, o carro com GNV continua sendo uma excelente alternativa em 2025. A economia no abastecimento, os incentivos fiscais e a durabilidade mecânica tornam o sistema vantajoso. 

Isso vale principalmente para quem roda bastante e vive em regiões com boa infraestrutura de abastecimento.

Por outro lado, o investimento só compensa quando o uso do veículo é constante e o acesso ao GNV é fácil. Quem dirige pouco, enfrenta limitações no porta-malas ou mora longe de postos com o combustível pode não sentir os mesmos benefícios.

A decisão exige planejamento. Avalie sua rotina, compare os custos e leve em conta os pontos que destacamos ao longo do artigo. Com as condições certas, o GNV pode ser uma escolha inteligente e econômica.

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